Para Lara de Lemos
É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas,
teu perfil exato e que, apenas, levemente, o vento
das horas ponha um frêmito em teus cabelos...
É preciso que a tua ausência trescale
sutilmente, no ar, a trevo, machucado,
a folhas de alecrim desde há muito guardadas
não se sabe por quem nalgum móvel antigo...
Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela
e respirar-te, azul e luminosa, no ar.
É preciso a saudade para eu te sentir
como sinto – em mim – a presença misteriosa da vida...
Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista
que nunca te pareces com o teu retrato...
E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te!
Mario Quintana
Esse poema de Quintana tem tudo a ver com o momento que estou vivendo! Não o conhecia, obrigada por postar!
ResponderExcluirSeu blog está lindo! Parabéns!
Beijos,
Isa
Isa, obrigada! Seja bem vinda nesse cantinho também!
ResponderExcluirBeijos,
Tamara