quinta-feira, 29 de março de 2012

quarta-feira, 28 de março de 2012

Agoras




que agoras são estes
que as horas devoram

o hoje foge pra longe

tem muitos ontens
na minha memória



(Cesar Veneziani, in “Neblina”, seu novo livro. Lançamento nessa sexta-feira, dia 30 de março, no Miquelina Bar, às 19h. Rua Francisca Miquelina, 306, Bela Vista, SP. Para adquirir seu novo livro acesse: http://www.editorapatua.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=90&Itemid=54 )

Millôr Fernandes





 "Não é segredo. Somos feitos de pó, vaidade e muito medo.

(Millôr Fernandes)




segunda-feira, 26 de março de 2012

SEM MEDIDA







O quanto isto dista
daquilo lá?
A distância da ânsia
do esperar.

O longe é perto quando é certo
o destino.
Mas perto demora na hora
do desatino.

Não é a escala que fala
a dimensão,
nem o metro dá ao certo
a medida.

É o que se sente de repente
na paixão,
e que se mede na lágrima
vertida...

(Cesar Veneziani, in “Neblina”, seu novo livro. Lançamento nessa sexta-feira, dia 30 de março, no Miquelina Bar, às 19h. Rua Francisca Miquelina, 306, Bela Vista, SP. Para adquirir seu novo livro acesse: http://www.editorapatua.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=90&Itemid=54)


domingo, 25 de março de 2012




Não só quem nos odeia ou nos inveja
Nos limita e oprime; quem nos ama
        Não menos nos limita.
Que os deuses me concedam que, despido
De afetos, tenha a fria liberdade
         Dos píncaros sem nada.
Quem quer pouco, tem tudo; quem quer nada
É livre; quem não tem, e não deseja,
          Homem, é igual aos deuses.


(Ricardo Reis, in O Poeta Fingidor, pg. 43.)

terça-feira, 20 de março de 2012


A liberdade é para poucos despertos.
A única palpitação que ela causa
é quando um coração indignado para,
mostrando que ela continua viva.

(Thomas Moore)

segunda-feira, 19 de março de 2012

COITO VERBAL





a língua lambe o verbo
arrepia o som
e o símbolo assume o signo
que se grafa no papel

quem ouve ou escreve
quem fala ou lê
logo sente o frêmito
da mensagem em penetração
do gozo do entendimento


(Cesar Veneziani, in “Neblina”. Lançamento de seu novo livro será no dia 30/03, no Miquelina Bar, Rua Francismo Miquelina, 306, Bela Vista - SP. Mais informações sobre como adquirir seu livro no site: http://www.editorapatua.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=90&Itemid=54)



A Valsa

Tu, ontem,
Na dança
Que cansa,
Voavas
Coas faces
Em rosas
Formosas
De vivo,
Lascivo
Carmim;
Na valsa,
Corrias,
Fugias,
Ardente,
Contente,
Tranquila,
Serena.
Sem pena
De mim!

Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!...
- Não negues,
Não mintas...
- Eu vi!...

Meu Deus!
Eras bela,
Donzela,
Valsando,
Sorrindo,
Fugindo,
Qual silfo
Risonho
Que em sonho
Nos vem!
Mas esse
Sorriso
Tão liso
Que tinhas
Nos lábios
De rosa,
Formosa,
Tu davas,
Mandavas
A quem?!

Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!...
- Não negues,
Não mintas...
- Eu vi!...

[...]

(Casimiro de Abreu)