Hoje creio
no olhar da tigresa,
nas unhas da fêmea
e no estrago que faz
a beleza
Conheci meu poder:
até onde mando
ou calo
até onde peço
ou devoro
até quanto ir
– se é longe –
ou se paro.
Decido
se desço à noite
ou se o dia,
varo.
Ele ainda me arrepia,
mas não mais me controla
ele agora é escravo,
e eu a Senhora.
(Flávia Perez, in “Leoa ou Gazela, todo dia é dia dela”, pg. 52.)
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